Autoridades sanitárias pretendem proibir gordura trans artificial nos EUA
Se a indústria de alimentos quiser evitar que a medida entre em vigor terá que provar em 60 dias que a gordura trans é segura para o consumo. Ou seja, uma tarefa praticamente impossível.
É o primeiro passo para uma grande mudança. A agência americana que regula remédios e alimentos - FDA - pretende declarar oficialmente que a gordura trans é mesmo perigosa para a saúde. E tornar o uso dela proibido no país.
A decisão foi tomada com base em centenas de estudos científicos feitos nas últimas décadas. Muitos restaurantes e fabricantes já aboliram o uso das gorduras hidrogenadas artificiais - ou trans.
Mas elas ainda podem ser encontradas em óleos usados para frituras, massas, biscoitos, bolos, sorvetes, margarina.
Por enquanto trata-se de uma intenção. A proposta da agência vai ficar aberta para análise pública por 60 dias. Isso significa que - na prática – se a indústria de alimentos quiser evitar que a medida entre em vigor terá que provar nesse período que a gordura trans é segura para o consumo. Ou seja, uma tarefa praticamente impossível.
Os cientistas já concluíram: qualquer quantidade de gordura trans - por mínima que seja - traz consequências sérias para o organismo. Aumenta o nível do colesterol ruim, abaixa o índice do bom colesterol e entope as artérias do coração.
A FDA calcula que a proibição possa prevenir 20 mil ataques cardíacos e 7 mil mortes por ano nos Estados Unidos.
Enquanto a medida não entra em vigor, a melhor proteção, nos Estados Unidos e também no Brasil, é ficar de olho nos rótulos dos alimentos. A evitar a gordura trans, a todo custo.
Aqui no Brasil, o Ministério da Saúde fechou um acordo com representantes da indústria alimentícia pra reduzir a quantidade de gordura vegetal hidrogenada dos alimentos. A iniciativa resultou na retirada, de forma voluntária, de cerca de 230 mil toneladas de gordura trans dos alimentos processados.
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